Destaque - 06 de janeiro de 2022

‘Lua Vermelha’: híbrido de teatro, cinema e literatura faz reflexão sobre a vida e o universo feminino

Em “Lua Vermelha – Clarice: O caminho de dentro”, a atriz, diretora, roteirista, arte-educadora e jornalista Vanessa Pimentel transforma seus pensamentos e inquietações oriundos da pandemia em um produto cultural. Trata-se de um monólogo híbrido que une teatro, cinema e literatura, numa obra cênica autoral que homenageia a escritora Clarice Lispector.  O projeto, que foi […]

Em “Lua Vermelha – Clarice: O caminho de dentro”, a atriz, diretora, roteirista, arte-educadora e jornalista Vanessa Pimentel transforma seus pensamentos e inquietações oriundos da pandemia em um produto cultural. Trata-se de um monólogo híbrido que une teatro, cinema e literatura, numa obra cênica autoral que homenageia a escritora Clarice Lispector. 

O projeto, que foi contemplado no Edital Prêmio Feliciano Lana –  promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, como parte das ações da Lei Aldir Blanc no Estado – está disponível em https://bit.ly/youtubeluavermelha

Com roteiro e direção geral assinados por Vanessa Pimentel, “Lua Vermelha” também é uma reflexão sobre a vida e o universo femino (sagrado), fruto de um processo múltiplo de experimentações e re (descobertas) que converge, de uma forma sensível e muito particular, para a união de três linguagens artísticas, bastante familiares à atriz ao longo de toda a sua trajetória: o teatro, o cinema e a literatura.

“Acredito que a produção de qualquer obra artística seja sempre um grande desafio, porém escrever, atuar e dirigir me proporcionou uma experiência de criar e realizar, de uma forma macro, não fragmentada, como é de costume, quando participo de projetos, apenas como atriz”, afirma Vanessa.

Roteiro  – Na obra, uma escritora solitária e em crise, enquanto questiona-se sobre o real sentido da existência e reflete sobre as suas verdadeiras origens e memórias, revela sentimentos como medo, tristeza, solidão e angústia, além de um forte desejo de liberdade, que manifesta-se sempre, através da sua escrita poética, sensível, misteriosa e selvagem.

Os  textos escritos por Vanessa são entrelaçados a recortes precisos de grandes obras da escritora Clarice Lispector, como “Perto do Coração Selvagem” (1943) e “Água Viva” (1973).

O roteiro é dividido em oito atos, extremamente poéticos e imagéticos, são eles: “Cinzas da Primavera”, “As faces de Eva”, “Obscuro Objeto do Desejo”, “Insustentável Leveza”, “Retratos e Memórias”, “Uma pálida sombra”, “Doce Vertigem” e “O ópio da terra”.

A personagem – A personagem Clarice representa um arquétipo feminino com suas diversas nuances, que lembra as fases da lua. “A Deusa interior que habita em nós mulheres que geramos a vida, caos, e criamos todas as coisas existentes e viventes no mundo exterior. Essa voz guia, uterina, fluida que nos liberta, como em um rito de passagem, para além da vida. Levando-nos a revelar nossa verdadeira essência, através da jornada sagrada pelos quatro elementos: terra, água, fogo e ar”, afirma a atriz.

Declaração de amor à Manaus – “Lua Vermelha: Clarice – O caminho de dentro”  também é um ato de amor à Manaus, e um convite para redescobrir a cidade através do olhar mágico, poético, literário ritualístico e feminino, da personagem Clarice, que ao longo das cenas, passeia por inúmeros espaços, monumentos e equipamentos culturais como a Praça Dom Pedro II, localizada no Centro Histórico de Manaus; Praça Heliodoro Balbi, a antiga Praça da Polícia; os jardins do Palácio Rio Negro; Parque Senador Jefferson Peres e o Igarapé Água Branca, este último localizado no Bairro Tarumã

COMENTÁRIOS:

Nenhum comentário foi feito, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *