Cacique Raoni recebe mural de Raiz Campos no Centro de Manaus
MANAUS-AM | A arte e o ativismo se fortalecem para comunicar as emergências da região amazônica ao planeta, e o projeto Megafone, 1° prêmio de ativismo brasileiro, no mês do Meio Ambiente, busca provocar o debate sobre as mudanças climáticas em todo o Brasil, além de ampliar vozes de artistas que praticam o “artivismo” (arte […]
MANAUS-AM |
A arte e o ativismo se fortalecem para comunicar as emergências da região amazônica ao planeta, e o projeto Megafone, 1° prêmio de ativismo brasileiro, no mês do Meio Ambiente, busca provocar o debate sobre as mudanças climáticas em todo o Brasil, além de ampliar vozes de artistas que praticam o “artivismo” (arte & ativismo), como o grafiteiro manauara Raiz Campos.
O artista foi convidado pelo projeto Megafone para retratar a maior voz da luta dos Povos indígenas do Brasil, o Cacique Raoni, indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2020.
“O Megafone está Raonizando as cidades, e começaram por Manaus. Essa ação é para chamar atenção da juventude para uma data muito importante que é 5 de junho, o dia Mundial do Meio Ambiente”, explica o artista.
Quem passa pelo centro de Manaus na rua 10 de julho, logo vai se deparar com o mural, de 19 por 4 metros, do Cacique Raoni, produzido por Raiz Campos, que contou com a assistência artística dos grafiteirosPloris Baltazar e Fixo Ramon.
“Tenho uma relação com os povos indígenas desde minha infância, tive contato direto com os Waimiri Atroari, na vila de Pitinga (AM), e isso reflete diretamente no meu trabalho, na minha arte, e é a minha cultura que retrato nos meus murais”, comenta o grafiteiro, conhecido no cenário de arte urbana por retratar a cultura amazônica nos viadutos.
Homenagem à liderança indígena
Para realizar o mural, o artista se reuniu com os netos de Raoni para que a pesquisa sobre a biografia da liderança fosse completa. “Foi muito legal começar o projeto me reunindo com os netos do Raoni, escolher a referência em conjunto com eles foi muito importante”.
Para compor o mural, o artista usou a técnica a qual intitula de ‘psicoamazônico”, utilizando cores mais coloridas. “Sempre estou inovando, agora estou trazendo mais cores e elementos da floresta amazônica para minha arte”, explica o artista cujos traços e cores que retratam as belezas naturais e dá visibilidade aos povos indígenas é possível ser visto também em murais de várias outras cidades do Brasil.
O projeto Megafone é produzido pela Parede Viva e financiado pelo Vozes pela Ação Climática, tem parceria do Pimp my Carroça, Greenpeace Brasil, Instituto Socioambiental, WWF, Hivos, e Engaja mundo.
Sobre o artista
Raiz Campos é um jovem artista visual que impressiona o mundo com seus graffitis que representam a cultura amazônica. Já foi convidado para participar de eventos nacionais e internacionais para levar seu olhar sensível e estampar diversos lugares, ganhando destaque na mídia nacional e internacional.
Em 2012, Raiz estava entre os seis grafiteiros que participaram da Pré-Bienal de Artes “Dos lápis de Di ao festim das Barrancas” que reuniu grandes expoentes das artes do Amazonas. Em 2013, Raiz fez uma turnê por 18 cidades, estudando povos e culturas tradicionais de cada lugar em uma imersão artística e divulgação do seu trabalho.
Raiz foi vencedor do Prêmio Fundação Bunge Juventude no ano de 2019, ano em o prêmio homenageou a Arte Urbana. O Prêmio Fundação Bunge incentiva a inovação e disseminação de conhecimento, e reconhece profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil.
Siga o Raiz nas redes sociais: @raiz.campos
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