Amazonense concorre prêmio em festival nacional de cinema e arte
A videoarte amazonense “Não quero passar em branco” está entre os finalistas do 14º CAWCINE, festival nacional de cinema e arte realizado em Queimados (RJ). A programação inclui exibições on-line por meio do youtube.com/cowoficial e a premiação será no próximo dia 15 de fevereiro. Pela primeira vez a videoarte “Não quero passar em branco” é selecionada para […]
A videoarte amazonense “Não quero passar em branco” está entre os finalistas do 14º CAWCINE, festival nacional de cinema e arte realizado em Queimados (RJ). A programação inclui exibições on-line por meio do youtube.com/cowoficial e a premiação será no próximo dia 15 de fevereiro.
Pela primeira vez a videoarte “Não quero passar em branco” é selecionada para um festival e, nesta estreia, já concorre aos prêmios Melhor Projeto e Melhor Artista para o criador e intérprete Paulo Martins. “Acho que sou o único manauara desta edição do festival, então eu sinto que estou representando Manaus e a cena negra manauara no evento”, declara.
O enredo apresenta histórias reais de um corpo preto imerso em uma sociedade que tem a cultura branca como dominante. Com duração de nove minutos e quarenta segundos, a produção utiliza a técnica de stop motion para ilustrar as marcas de um processo gradativo e traumático do embranquecimento de uma pessoa preta. “As histórias contadas na obra são verídicas, e revisitar essas memórias foi bem doloroso, pois são feridas que não cicatrizaram totalmente, mas que eu sentia que deveria contá-las, não de forma romantizada, mas como um grito de socorro”, detalha Paulo Martins.
Essas vivências são narradas pelo artista ao lado de Luís Martins, parceiro de outros trabalhos que contribuiu na composição da proposta artística.
Produzido pelo Café Preto Produções Artísticas, “Não quero passar em branco” é resultado do projeto Incubades, realizado pela Kuma Espaço de Criação: Arte & Yoga, que incentiva e apoia artistas LGBTQIA+ de Manaus (AM). “É muito gratificante poder ver o poder do coletivo, já havia dois anos que a ideia desse projeto tinha sido apresentada, mas não tínhamos material nem equipe na época. Em 2021 conseguimos agregar pessoas de diferentes linguagens que se uniram na produção do curta”, ressalta Ariel Kuma, coordenadora do espaço. No canal do youtube do Kuma Espaço de Criação também é possível assistir à videoarte.
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