Atrações - 27 de maio de 2025

Projeto de formação artística voltado a jovens da periferia de Manaus está com inscrições abertas até 24

O Laboratório Artístico Cênica Corporal, idealizado pelo artista amazônida Francisco Rider, está com inscrições abertas até o dia 24 de maio. A proposta é selecionar 15 jovens das periferias de Manaus, entre 16 e 32 anos, para participar da primeira edição do projeto, que acontece ao longo do mês de junho. As inscrições são gratuitas […]

O Laboratório Artístico Cênica Corporal, idealizado pelo artista amazônida Francisco Rider, está com inscrições abertas até o dia 24 de maio. A proposta é selecionar 15 jovens das periferias de Manaus, entre 16 e 32 anos, para participar da primeira edição do projeto, que acontece ao longo do mês de junho. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail: labcenicacorporal@gmail.com.

“A ideia é oferecer a Manaus um projeto artístico voltado a jovens da periferia, num formato de laboratório que une práticas cênicas e corporais”, explica Rider, fundador da Cênicas Corporais Uma.

Com foco na formação, criação, pesquisa e reflexão sobre a presença cênica, o laboratório é voltado a artistas ou interessados em dança, teatro, performance, música, circo, artes visuais e manifestações populares e urbanas.

“Queremos reunir dançarinos, bailarinos, performers e artistas de diferentes áreas para investigar, experimentar e criar em conjunto, a partir de suas vivências e territórios culturais”, acrescenta o idealizador.

Bolsa e seleção

Os candidatos serão selecionados por meio de uma aula prática, marcada para o dia 30 de maio. Os 15 participantes escolhidos vão receber uma bolsa incentivo de R$ 850, para que possam se dedicar integralmente às atividades. O resultado será divulgado no perfil do projeto no Instagram: @labcenicacorporal.

“Com essa bolsa, os jovens terão condições mínimas de se concentrar no processo criativo, em um ambiente que estimula a pesquisa artística e o aprofundamento sobre a presença cênica”, destaca Francisco.

Programação

As atividades do laboratório acontecem de 2 a 27 de junho, de segunda a sexta-feira, sempre das 14h às 17h, em diferentes pontos de Manaus. A proposta é ocupar a cidade não apenas como cenário, mas como organismo vivo, onde os processos culturais se manifestam.

“Queremos explorar espaços da cidade a partir dos imaginários culturais dos participantes, como forma de propor novas relações com os territórios de pertencimento”, explica o mediador.

Nos dias 28 e 29 de junho, das 16h às 17h, os jovens vão apresentar uma mostra pública com os resultados do processo desenvolvido durante o mês.

Como se inscrever

Para participar, os interessados devem enviar uma carta de interesse, falando sobre seus motivos para entrar no projeto, se já tiveram contato com as artes cênicas ou dança, sua relação com a comunidade, condição socioeconômica e uma mini bio — sem exigência de experiência anterior nas artes. Também é necessário anexar um comprovante de residência, que ajudará no mapeamento do alcance territorial do projeto.

Todos os inscritos receberão por e-mail as informações sobre data, local e horário da seleção prática.

Apoio

O projeto foi contemplado pelo Edital da Lei Paulo Gustavo, com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Conselho Estadual de Cultura (Conec), Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil União e Reconstrução.


Sobre Francisco Rider

Francisco Rider é um artista manauara com uma trajetória iniciada em 1980, marcada pela integração entre dança, teatro, performance e artes visuais. Atuou no Rio de Janeiro, São Paulo e Nova York, onde foi bolsista da Fundação Vitae e da Capes/MEC, com estudos no Movement Research (NYC, 1996-1998). Já apresentou obras em espaços como The Kitchen, Judson Church, Performance Space 122 e Dixon Place, entre outros.

Com uma formação rica em trocas com nomes como Marilena Ansaldi, Trisha Brown, Deborah Hay e David Zambrano, Rider também desenvolve projetos voltados a crianças e jovens, como o premiado Brincar, Jogar, Criar. Atualmente, é doutorando em Artes Visuais pela UFRGS.

Seu trabalho mais recente, a peça “Huma/”, foi premiado com Melhor Direção e indicado a Melhor Dramaturgia no XVIII Festival de Teatro da Amazônia (2014).

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